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PRESIDENTE DA FENAMEV, JOSÉ ALBERTO ROSSI, ESPERA FORTALECER E AMPLIAR A BASE DA ENTIDADE EM 2013

José Alberto Rossi, presidente da Federação Nacional dos Médicos Veterinários – FENAMEV
Nesta semana, dando continuidade à série de entrevistas com os presidentes das Federações que compõem a base da CNPL, o médico veterinário José Alberto Rossi, presidente da Federação Nacional dos Médicos Veterinários – FENAMEV e também secretário geral da CNPL, sinaliza que a profissão está em franco crescimento, com profissionais preparados e dispostos a contribuir com o desenvolvimento do País.

Contudo, ressalta ser da maior importância a aprovação dos Projetos de Lei apensados ao PL 242/07, que inclui os médicos veterinários e outras categorias de profissionais liberais no Simples Nacional, eliminando a burocracia e a alta carga tributária que atualmente inibem o ingresso na atividade empresarial. 
Na entrevista, Rossi fala ainda sobre as principais conquistas e ações da Federação, qualificação profissional e os rumos que o setor deverá tomar nos próximos anos.

1 - Como o Senhor avalia o atual cenário profissional para os Médicos Veterinários?

A Medicina Veterinária, como um dos atores no ramo da produção agropecuária, encontra-se intimamente ligada ao desempenho do setor.

Presentemente, o segmento agropecuário é um dos sustentáculos de nossa economia, particularmente na exportação de produtos de origem animal. Os dólares que entram no Brasil, através da exportação de carnes e derivados, são descomprometidos com a remessa de divisas, de lucros ao exterior. Trata-se de moeda livre para custear nossas

despesas com importações. E, este segmento produtivo encontra-se em franco crescimento, logo, quem gravita em torno dele, como é o caso dos Médicos Veterinários, é valorizado no mercado de trabalho.

As demais atividades se desenvolvem normalmente, na Saúde Pública, na profilaxia das zoonoses, na higiene e sanidade dos produtos de origem animal, ofertando alimentos qualificados sanitariamente ao consumo humano. Em clínicas e na preservação da saúde dos animais domésticos, utilizamos os mais modernos equipamentos, em igualdade

de condições com os mais avançados países. Em linhas gerais, podemos dizer que o cenário de hoje e do amanhã é favorável ao crescimento da profissão e nós dispomos de profissionais preparados e dispostos a contribuir com o desenvolvimento do País.

2 - Quais os principais pleitos atualmente e quais as ações que a FENAMEV tem promovido para atendê-los?

Neste momento, consideramos da maior importância, não só para os Médicos Veterinários, mas para as profissões liberais que forem despertadas pela vocação empresarial, a aprovação dos Projetos de Lei apensados ao PL 242/07, que inclui os Médicos Veterinários no Simples Nacional.

Isto vai despertar o desenvolvimento de atividade empresarial, de forma desburocratizada e com baixa carga tributária. Hoje, barreira intransponível para os que querem ingressar na atividade empresarial e somente dispõem do diploma profissional. Por falta de capital, os profissionais ficam na dependência de candidatar-se a um emprego, quando poderiam ser os geradores de oportunidades de trabalho.

3 - Quais as principais conquistas da FENAMEV?

Em meados de 2012, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº 568/12 retirando direitos adquiridos dos Médicos Veterinários no serviço público. A MP prejudicava, também, outros profissionais. A FENAMEV, com apoio dos sindicatos associados, em ação concentrada no Congresso Nacional, conseguiu preservar os interesses dos Médicos Veterinários, o que foi materializado na Lei nº 12.702/12.

Conseguimos também o reconhecimento da profissão de Médico Veterinário como integrante dos NASFs – Núcleos de Apoio à Saúde das Famílias, o que já é reconhecido há muito tempo pela ONU-OMS.

Em fins do ano passado, pela primeira vez elegemos representantes da FENAMEV no Conselho de Nacional de Saúde e na Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde.

4 - Qual a posição da FENAMEV a respeito do PL 3.661/12, que cerceia o direito dos Médicos Veterinários de atuar com aparelhos radiológicos?

Este é mais um dos PLs em que profissionais de outras áreas, no anseio de regulamentar sua profissão, o querem fazer ocupando o espaço dos Médicos Veterinários. Podemos ainda citar o PL nº 2.824/08 em tramitação na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, e o PL nº 2.948/11, atualmente na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, este que, pela segunda vez, conseguimos influenciar pela rejeição.

A todos os PLs em tramitação no Congresso Nacional damos o mesmo tratamento: cadastramos a FENAMEV para receber informações eletrônicas sobre qualquer movimentação dos PLs, ainda, atuamos junto ao Deputado/Senador relator e aos membros das Comissões. No caso do PL n°3.661/12, já entramos em contato com a Deputada Relatora e com todos os membros da Comissão de Saúde e Seguridade Social e Família. Com o argumento de que não somos contra a regulamentação de outra profissão, mas sim contra a que isto se faça com uma fatia do campo profissional dos Médicos Veterinários.

5 - Quais as suas expectativas à frente da entidade nos próximos anos?

Precisamos fortalecer a Federação e os Sindicatos, temos como objetivo imediato reativar três sindicatos de Médicos Veterinários no Distrito Federal, no Mato Grosso e no Pará. E queremos fundar pelo menos mais três, nos estados do Espírito Santo, Maranhão e Tocantins.

6 - Na sua avaliação a qualificação profissional disponível está de acordo com as necessidades do mercado? O que ainda pode ser melhorado?

A proliferação de escolas superiores de Medicina Veterinária não vem acompanhada de infraestrutura necessária e adequada à formação profissional. Consequência natural, os recém-graduados precisam continuar estudando, buscando estágios ou especializações, para só então ingressarem no mercado de trabalho. Além do que, as escolas direcionam os acadêmicos para o campo da Clinica Médica, em especial dos animais de estimação. Esquecem os campos profissionais divididos e/ou inexplorados, os animais silvestres e o meio ambiente, a produção animal, a pesquisa, a economia, crédito a pecuária, extensão rural, cooperativismo, planejamento, zoneamento agropastoril e a piscicultura. Antes de licenciar um curso superior de Medicina Veterinária, o Ministério da Educação - MEC deve certificar-se de que a Escola apresenta a infraestrutura indispensável à preparação de profissionais. E promover, regularmente, auditorias e fiscalizações nas faculdades em funcionamento. Quantidade de escolas disponíveis nem sempre é sinônimo de qualificação dos profissionais formados.

7 - O que o senhor recomenda aos que desejam ingressar na profissão?

Em primeiro lugar gostar dos animais e da atividade que vai desenvolver com eles. Entender que os animais também sentem dor e têm medo.

Depois, certificar-se de que a escola em que vai frequentar ofereça condições para uma boa formação profissional. E, finalmente, escolher um ramo, uma especialização da Medicina Veterinária, aquele em que irá se sentir bem.

8 - Qual o rumo que a Medicina Veterinária deve tomar nos próximos anos?

Cada vez mais focada na produção animal e na preservação do meio ambiente. Apoiada na pesquisa e em busca do desenvolvimento sustentável da agropecuária nacional. O Brasil tem condições para ser referência como produtor e maior fornecedor de proteína animal do planeta.

9 - O senhor gostaria de fazer mais alguma consideração?

O Brasil dispõe de clima, solo, pesquisa e tecnologia para produção de alimentos capaz de atender às nossas necessidades e gerar excedentes exportáveis. Hoje, somos os maiores produtores de carne bovina, de aves e detentores de um invejável patrimônio genético de suínos.


Fonte: CNPL

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